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Agronegócio, paixão e orgulho nacional
The Farm News Edição 071
💬 Pílula do dia!
Hoje é sexta! Um ótimo dia para refletir sobre como ser ainda melhor na próxima semana 😎
Projeto quer transformar o agronegócio em paixão e orgulho nacional 💚
O Brasil diferente das perspectivas que eram divulgadas sobre a agricultura a 50 anos atrás, se tornou autossuficiente, passou a ser fonte de segurança alimentar para outros países, liderando as exportações mundiais de carne bovina, frango, soja, laranja, café e cana-de-açúcar, destacando-se também entre os maiores produtores de algodão, milho, carne suína, tilápia, frutas e leite. O agro responde por 27% do PIB do país, 20% da população ocupada e 47% das exportações totais.
“Há 50 anos estávamos em situação iminente de insegurança alimentar. Para um país, 50 anos não é nada, é uma geração. É como se tivéssemos ganhado o hexa. Batemos França, Estados Unidos, batemos todo mundo. E o brasileiro precisa saber disso. A gente precisa contar essa história para tornar o agro uma paixão nacional, como é o futebol”, defende Ricardo Nicodemos, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA).
Nicodemos está à frente do projeto Marca Agro do Brasil, que deve ser lançado nos próximos meses e terá como o principal objetivo “despertar os sentimentos de admiração e orgulho do brasileiro pelo agro do seu país”.
Uma pesquisa realizada em 2022 sobre as percepções do brasileiro quanto ao agronegócio mostrou que o setor ainda tem muita coisa a contar e mitos a desconstruir. Apesar de estar entre os setores mais admirados do país, acendeu a luz de alerta o fato de que 30% da população se declara desfavorável ao agro, e, desses, 51% são jovens entre 15 e 29 anos. “Ou seja, é a população que mais faz barulho, que é mais ativa nas redes sociais, que será líder no dia de amanhã. Não vamos conseguir mudar essa chave da noite para o dia, isso é gradativo. Mas é responsabilidade do setor se posicionar e fazer essa construção. Vamos fazer um projeto de construção de marca, com ações na escola, no shopping, na praça, no supermercado, na TV, no rádio, na mídia externa”, sublinha Nicodemos.
A ideia é trabalhar com informações, dados objetivos e visitas a propriedades e agroindústrias para desmistificar estereótipos arraigados, quer seja a imagem do personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato – um agricultor miserável, passivo e preguiçoso – quer seja o outro extremo, moda mais recente, que retrata o agricultor em clipes musicais como ricaço, jogando dinheiro para cima e ostentando em picapes de luxo.
☑️ Contar a história de milhões de pequenos e médios produtores
“Vai do oito ao oitenta. Cria-se uma outra imagem que não considera que temos cerca de 5 milhões de propriedades no Brasil, que mais de 95% são de pequenos e médios produtores, e que enfrentam grande dificuldade no dia a dia para prover o alimento. Mas isso não chega à sociedade. Precisamos contar as histórias de superação. Daquele cara que morava numa casinha de barro e sapé, e que hoje mora numa casa de três dormitórios, simples, mas conseguiu colocar os filhos na escola, tem uma vida mais confortável, mas não é rico. É aquele que produz a alface que você come no hambúrguer, enquanto você está metendo o pau no campo”, explica o publicitário.
O projeto Marca Agro do Brasil pretende produzir conteúdos que atendam, também, a um público externo, de outros países, que desconhece ainda mais os alicerces da agropecuária nacional. A imagem do agronegócio brasileiro na Europa está muito ligada ao discurso de grupos, ativistas, ambientalistas, revistas e canais de televisão que só focam no desmatamento e nas queimadas na Amazônia.
☑️ Sustentabilidade do agro brasileiro ainda é desconhecida
“Ninguém fala do Código Florestal, dos esforços de conservação dos produtores brasileiros, que têm entre 20% e 80% de áreas conservadas. Essas políticas não são explicadas para os cidadãos europeus. Já moro no Brasil há dois anos, e agora entendi. Mas é preciso tempo, leitura, palestras, falar muito com produtores. Além disso, tem muita fake news, informação parcial”, observa o conselheiro para Mudanças Climáticas, Meio Ambiente e Energia da Delegação da União Europeia no Brasil, Laurent Javaudin
“O fato é que o Brasil é líder mundial de exportação, isso significa que em outras partes do mundo a gente pode comer graças aos produtores brasileiros. O papel do Brasil no sistema alimentar mundial não é fazer um agro orgânico, é permitir que o mundo com 9 bilhões de pessoas possas comer”, diz Javaudin.
Em contrapartida, diz Javarudin, “gostaria muito que o governo brasileiro nos ajudasse a explicar bem as regras que preparamos para o nosso mercado, de maneira que as cadeias de valores possam ter continuidade e continuem sem problemas nos próximos anos”.
O projeto Marca Agro Brasil pretende, segundo Nicodemos, da ABMRA, ajudar a preencher essa lacuna. “Assim que lançarmos a plataforma no Brasil, ela poderá ser lançada na Europa, nos Estados Unidos e em outros países. Porque ela foi pensada como marca global. É como se estivéssemos trabalhando com uma marca internacional. O agro não deve ter cor nem partido, deve ter autossuficiência para criar sua narrativa e tomar as rédeas de sua história”, conclui.
🧨 COP 10: deliberações vão impactar cadeia produtiva do tabaco
As diretrizes adotadas durante a 10ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), realizada de 5 a 10 de fevereiro, no Panamá, podem trazer consequências negativas para toda a cadeia produtiva no Brasil. E isso vem com o agravante da delegação brasileira não demonstrar disposição para defender o setor que envolve mais de 500 mil trabalhadores no campo e tem 90% da sua produção exportada, gerando anualmente US$ 2,73 bilhões em divisas e quase R$ 15 bilhões em impostos.
“Quando ouvimos falar novamente em medidas para reduzir a área plantada ou em substituição de cultivo de um representante brasileiro, temos a certeza de que os números do setor, em especial no Brasil, são totalmente ignorados nessas discussões. Os membros da CQCT já tentaram, sem sucesso, implementar alternativas ao cultivo do tabaco e todas esbarraram na viabilidade econômica, no perfil das pequenas propriedades ou em aspectos de mercado. Basta comparar a rentabilidade do tabaco com outras culturas para entender: é preciso 7 hectares de milho para auferir a mesma renda de um único hectare de tabaco”, comenta o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.
A própria indústria de tabaco já incentiva a diversificação para que o produtor tenha um complemento de renda. Desde 1985, o programa Milho e Feijão após a colheita do tabaco gera renda extra no campo. Na última safra, mesmo com os efeitos adversos do clima, os resultados foram superiores a R$ 650 milhões. “Somos totalmente favoráveis a iniciativas que possibilitem ganhos aos produtores, mas o que temos visto são ações que serão, em grande parte, subsidiadas pelo governo. Considerando o contexto de mercado mundial, que ainda tem uma grande demanda pelo produto, e que o Brasil é o maior exportador de tabaco do mundo há mais de três décadas, faz sentido liderarmos esse tipo de discussão?”, questiona o executivo.
Iniciativas do setor resultaram, por exemplo, na redução no uso de agrotóxicos a apenas 1,01 quilo de ingrediente ativo por hectare, mantendo o tabaco entre as culturas comerciais do agro brasileiro que menos demandam defensivos. E o programa de logística reversa promove o recolhimento e a reciclagem das embalagens do agrotóxico usado nas propriedades, muitas delas utilizadas em outras culturas.
“É claro que essas iniciativas não são demonstradas, talvez sequer apuradas, considerando o viés unilateral das discussões. Quaisquer ações incentivadas pelas indústrias nesse sentido são totalmente desconsideradas nesse fórum que se tornou um exemplo antidemocrático para o mundo, em especial quando vemos representantes do povo e a própria imprensa impedidos de acompanhar os eventos”, reforçou Schünke.
📉De acordo com censo, número de fazendas nos EUA diminuiu
As fazendas nos EUA continuaram a crescer e o número de propriedades agrícolas caiu entre 2017 e 2022, segundo novos dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA. O Censo da Agricultura, realizado a cada cinco anos, conta e detalha as fazendas dos EUA e é usado para moldar as políticas agrícolas do país.
Havia 1,9 milhão de fazendas nos EUA em 2022, uma queda de cerca de 7% em relação a 2017, segundo o censo. O número de acres de terras agrícolas também caiu cerca de 20 milhões em relação a 2017. O tamanho médio das fazendas aumentou de 178 hectares em 2017 para 187 hectares em 2022.
A consolidação das fazendas tem sido uma preocupação constante do USDA. O secretário de Agricultura, Tom Vilsack, fala com frequência sobre a necessidade de apoiar operações agrícolas menores e distribuir melhor a renda agrícola, que está concentrada entre as maiores fazendas.
O número de fazendas nos EUA está em declínio constante há várias décadas. Entre 1997 e 2017, por exemplo, o número caiu cerca de 8%, ou cerca de 200.000 fazendas, de acordo com dados do censo anterior. Esse período também registrou uma redução de 54,5 milhões de acres agrícolas, segundo os dados.
O censo mostrou um aumento no número de fazendas que adotam projetos de energia renovável, como painéis solares, um alta de quase 30%, para 116.700 fazendas, e turbinas eólicas, um aumento de 2%, para 14.500 fazendas.
O USDA define uma fazenda como qualquer operação que venda mais de 1.000 dólares em produtos anualmente.
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Harven Agribusiness School, iniciará ano letivo no Brasil 📚🖊️
Nova faculdade será referência na formação de profissionais do mercado nacional e internacional do agronegócio, os primeiros alunos dos cursos de graduação da Harven Agribusiness School começam as aulas no dia 20 de fevereiro. Com turmas de Direito, Administração e Engenharia de Produção, a instituição nasce para ser uma referência na formação de profissionais do mercado nacional e internacional do agronegócio. Para iniciar o ano letivo, os estudantes terão uma aula magna sobre gestão e liderança com Thamila Zaher, diretora executiva do Grupo SEB, e Marcos Fava Neves, sócio-fundador e professor da Harven.
Na primeira semana de aula, os estudantes também vão realizar uma imersão no contexto de negócios do agro. Eles serão apresentados a um desafio real proposto por uma grande empresa do agronegócio, parceira da Harven, localizada em Ribeirão Preto, no centro empresarial Dabi Park, a Harven é um espaço moderno e inovador cuja proposta é promover a interação entre os alunos e o agro.
Os alunos vão trabalhar no desenvolvimento de soluções para situações problema reais do dia a dia das empresas, aplicando estudos de casos, aprendizagem por projetos, aprendizagem baseada em times, gamificação, entre outras. Estes métodos também serão aplicados nos cursos de pós-graduação oferecidos pela Harven.
“Nossos cursos serão ministrados por um corpo docente de mestres e doutores, que, além da teoria, dominam a prática e trabalham nas maiores empresas de seus respectivos setores. Nosso objetivo é formar cidadãos globais, cientes da demanda de diferentes culturas e também capazes de criar soluções para problemas locais”, explica Roberto Fava Scare, CEO da Harven.
A Harven é uma instituição do ensino superior associada ao IFAMA (International Food and Agribusiness Management Association), principal organização mundial de lideranças do agronegócio. A parceria irá facilitar a imersão em universidades estrangeiras, bem como a troca de saberes e expertises de pesquisadores de todo o mundo.
Fonte: Canal Rural
📍 Boletim do tempo contendo informações sobre previsão, temperatura mínima e máxima prevista, além de destaques relevantes dos últimos dias.
🗓️Previsão para Sexta-Feira: 16/02/24
💰 Ibovespa | 127.204,13 pontos (↑0,62%)
💵 Dólar Comercial | R$ 4,968 (↓0,07%)
💶 Euro | R$ 5,350 (↑0,31%)
📈 Selic Fevereiro 2024: 0,29407%
📊 IPCA Janeiro 2024: 0,42%
📊 IPCA Acumulado 2024: 0,42%
➡️ Período Referência: 15/02/2024
Açúcar: R$ 148,59 | sc (↑1,73%)
Algodão: R$ 411,13 | lp (↑3,11%)
Arroz: R$ 113,54 | sc (↓6,73%)
Bezerro: R$ 2.018,54 | cab (↓2,36%)
Boi Gordo: R$ 238,95 | @ (↓2,47%)
Café Arábica: R$ 1.010,90 sc (↓0,71%)
Frango Cong: R$ R$ 7,40 (↑1,37%)
Leite/Brasil: 12/23 R$ 2,0335 | litro
Milho: R$ 62,12 | sc. (↓0,35%)
Ovos:
Branco: MG - R$ 176,76 (↓0,53%)
Vermelho: MG - R$ 206,32 (-)
Soja:
Paranaguá - R$ 117,29 | sc (↑0,22%)
Paraná - R$ 111,47 | (↑0,44%)
Suíno:
MG (Posto) - R$ 6,97 Kg (↑11,16%)
SP (Posto)- R$ 6,79 Kg (↑10,77%)
Trigo: PR - R$ 1.251,25 T (↑0,47%)
Fonte: CEPEA-Esalq/USP
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Numerário Edições The Farm News
Ano 03
Edição Geral: 071
Edição Ano Corrente: 033/24
Autor: Blue Farm
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