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🗞️ Na Edição de Hoje

Que está calor muita gente já percebeu certo? 🥵  Mas de onde vem todo esse calor? 🌡️

Esta é a quarta onda de calor que o Brasil vive no segundo semestre deste ano, de acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). A principal característica da atual onda é a extensão da zona de alta pressão atmosférica, que vai do norte da Argentina ao sul da Amazônia e impede a chegada de frentes frias a essas áreas, e o fenômeno chamado El Niño que reforça esse bloqueio com a mudança de correntes de ar, a partir do aquecimento das águas que também altera a circulação na atmosfera, que mantêm frentes frias estacionadas na região Sul. Isso ajuda a explicar a grande quantidade de chuva na região, que tem enfrentado desastres ao longo do ano, e o calor intenso que outra parte do Brasil também enfrenta. O Inmet colocou 15 estados e o Distrito Federal em estado de perigo e risco para vida humana  e aos animais. 

    O cenário acende um alerta para o produtor agropecuário, que corre o risco de perdas de animais e plantações devido às altas temperaturas  e junto com o tempo seco fazem parte da realidade da maior parte do Brasil, exceto na região Sul, que vive situação oposta. Por lá as cidades estão sendo atingidas por volumes de chuva acima da média, que também trazem impactos negativos para algumas culturas, como o trigo. Com baixa luminosidade e alta irrigação, a qualidade da safra pode ficar pior e o produto ser direcionado ao consumo animal, em vez de humano. 

 Por outro lado as demais regiões seguem com o plantio da safra da soja atrasada, acarretando assim atrasos no plantio do milho safrinha que ocorre após a colheita da primeira safra da soja. De acordo com o vice-presidente sul da Aprosoja Mato Grosso, Jorge Diego Giacomelli, além de afetar a produtividade, o atraso no plantio da soja pode prejudicar a qualidade do milho, “a segunda safra que seria do milho, depende de uma janela ideal também. E como você já atrasa na soja, você vai colher essa soja mais tarde e se conseguir plantar esse milho, já não vai plantar numa janela ideal. O que pode afetar em produtividade lá na frente do milho e não entregar os resultados que o produtor estava esperando. Vai atrapalhar com a questão tanto da produtividade quanto de qualidade do grão. Os prejuízos são enormes e até o momento ainda são incalculáveis”, diz.

 Com isso, há a previsão de um forte impacto na economia do setor no ano que vem, com produtos e alimentos com preços mais salgados ao consumidor. No geral, o calor excessivo pode ter um impacto significativo no agronegócio, o que certamente resulta em perdas de produtividade, aumento nos custos de produção e redução dos lucros aos agricultores.

📈Preços Agrícolas Disparam em Novembro

E, no mês de novembro, os preços agrícolas aqui no Brasil dispararam. Dados do CEPEA, apontam que a cultura que mais se valorizou foi o trigo, com alta de 16,5%. A tonelada do produto ao agricultor do Paraná foi negociado em torno de 1300 reais.

O preço do arroz, por exemplo, subiu 12,92% ao produtor, com a saca sendo negociada no maior o patamar da história ao redor de 120 reais. Na seqüência veio o café com alta de mais de 9%, com a saca ao produtor, beirando 950 reais e o milho que valorizou 4,5% com a saca chegando a 62 reais.

A soja subiu 2,2% com saca ao redor de 145 reais. Entre os motivos que explicam essa alta de preços estão o efeito do fenômeno El NiÒo que tem gerado chuvas excessivas em áreas do sul do país, e o tempo seco, com chuvas irregulares, em áreas que abrangem o centro-norte.

Confira a análise do consultor agro do Itaú BBA, Cesar de Castro, sobre as tendências e efeitos nos preços dos alimentos ao consumidor.

Preços das Commodities Agrícolas em Novembro

🐄Pior crise da história do setor leiteiro chegou ao fim? Cepea indica possível alta de preços.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicado CEPEA revelou nesta semana que o movimento de queda do preço do leite pago ao produtor rural pode perder força nos próximos meses.

A expectativa é que o preço do leite captado em novembro fique estável na média Brasil, porém não está descartada a possibilidade de que algumas regiões do país já comecem a ter alta nas cotações. Entre os motivos para essa projeção está uma menor captação de leite que foi influenciada pelo clima adverso e diminuição de investimento por parte dos pecuaristas em função também das margens mais estreitas. Vale lembrar que o preço do leite ao produtor rural caiu 24,8% só em 2023.

No acumulado de ano, essa queda é superior a 30%. Para quem nos acompanha pela TV, dá para perceber que desde abril as cotações têm tido uma queda livre. Sendo a mais baixa, pelo menos, desde 2020. Em outubro, o preço teve recuo de 4,3%, chegando a R$ 1,96. Ou seja, um produtor de leite no Brasil ganha menos de 2 reais por litro de leite produzido. Quando a gente olha para os principais estados que compõem essa média Brasil, o preço é ainda menor em algumas regiões, como por exemplo Santa Catarina, que possui o menor preço do leite ao produtor com R$ 1,88 o litro. Depois aparece o Rio Grande do Sul com R$ 1,92.

Confira a análise do economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho

O que a vitória de Ravier Milei na Argentina impacta o agronegócio brasileiro?

A primeira questão: Argentina é uma grande concorrente do Brasil, na questão relacionada à cadeia da soja, mas especificamente o farelo de soja.

O Brasil é um grande importador de lácteos e de trigo da Argentina. E hoje o agronegócio argentino sofre com excesso de taxação que são as suas retenções. O que trouxe muita baixa competitividade para a Argentina no mercado internacional e abriu muito espaço para o Brasil.

O que podemos ver se se concretizarem as promessas de livre comércio de Javier Milei de diminuir o tamanho do Estado, dessa burocracia, favorecendo o livre comércio, a livre iniciativa, a propriedade privada. Certamente, o agronegócio brasileiro terá que se fortalecer porque a Argentina deve voltar para o jogo e se tornar novamente um país muito competitivo para a soja, e para o farelo de soja.

Com relação aos lácteos, a Argentina já é mais competitiva que o Brasil, que inclusive já vem sofrendo devido a isso. Por isso, acende mais um alerta na cadeia leiteria que já está com sinal vermelho por aqui.

⌛ A soja rodou entorno do 0 a 0 na sexta-feira inteira, mas fechou em leve queda e na semana caiu meio por cento na CME, a bolsa de Chicago, no mês subiu 2%.

🌽 O milho estava caindo a semana toda mas se recuperou na sexta, dia que virou contrato futuro por conta da virada do mês e fechou em alta. Em novembro não subiu nem 1%, fechou Com 0,8% de alta.

 🌾O trigo disparou na semana e no mês em Chicago, ele saltou quase 8% em novembro, devido às preocupações com as exportações da Ucrânia em meio à guerra da Rússia e o tempo seco na Austrália.

☕ O café também fechou a semana em alta, em novembro o preço do café disparou mais de 11% em Nova York. A razão do salto foram as condições climáticas malucas aqui no Brasil, incluindo temperaturas altíssimas, chuva de granizo, tempestades. Além disso, a safra mais fraca do Vietnã deu um empurrão nos preços.

📉 O açúcar caiu pouco na semana e no mês com o avanço da safra brasileira, em novembro o preço do açúcar fechou com queda de 2%.

🫘O feijão disparou mais de 40% em novembro devido às condições climáticas incluindo tempestades, temperaturas altíssimas, chuva de granizo, clima seco, tudo isso atrasou plantio da primeira safra de feijão.

Notícias

📌 As autoridades americanas confirmaram que El Niño vai continuar forte até metade do ano que vem.

📌 A Minerva, a maior exportadora de carne bovina, projeta que a América do Sul vai aumentar sua participação nos embarques globais de carne de 40 para 50% do total exportado para o mundo em 5 anos.

📌 O Brasil abriu mais seis mercados nos últimos dias. O agro não para🚀! Em 2023 já abrimos 71 novos mercados. A Colômbia aprovou a exportação de farinha e óleo de peixe e o Japão deu aval para quatro produtos, dois bovinos e dois suínos.

📌 A China vem visitar e fazer vistorias em 18 frigoríficos no Brasil agora em dezembro pra ver se os habilitam pra exportação.

📌 Depois de 24 anos de tramitação, foi aprovado no Congresso o projeto de lei que cria novo marco legal para os agrotóxicos aqui no país (🙌)

📌 A genética da vaca mais cara do mundo foi arrematada por R$120 mil reais num leilão beneficente em Goiânia pra a construção de hospital do câncer Francisco Camargo.

💰 Ibovespa | 128.184,91 pontos (↑0,63%)

 💵 Dólar Comercial | R$ 4,881 (↓0,07%)

 💶 Euro | R$ 5,306 (↑0,86%)

 📈 Selic Novembro 2023: 091599%

 📊 IPCA Outubro 2023: 0,24%

📌 Preço dos alimentos puxa alta de 33% no IPCA-15 em novembro, já é uma prévia da inflação!

• Açúcar: 01/12/23 - R$ 154,88 | sc (↓0,07%)

• Algodão: 01/12/23 - R$ 388,72 | lp (↑0,63%)

• Arroz: 01/12/23 - R$ 121,08 | sc (↑0,81%)

• Bezerro: 01/12/23 - R$ 2.062,12 | cab (↓0,16%)

• Boi Gordo: 01/12/23 - R$ 248,10 | @ (↑3,50%)

• Café Arábica: 01/12/23 - R$ 942,08 sc (↓0,29%)

• Frango Cong: 01/12/23 - R$ R$ 7,44 (↓0,27%)

• Leite/Brasil: 10/23 R$ 1,9675 | litro

• Milho: 01/12/23 - R$ 62,63 | sc. (↓0,18%)

• Ovos/Branco: 01/12/23 MG - R$ 147,57 (↑0,92%)

• Ovos/Vermelho: 01/12/23 MG - R$ 166,95 (↑0,72%)

• Soja: 01/12/23 - Paranaguá R$ 144,75 | sc (↓0,68%)

• 01/12/23 - Paraná R$ 138,32 | (↓0,77%)

• Suíno/Kg: 01/12/23 - MG (Posto) - R$ 6,97 Kg (↑0,14%)

• 01/12/23 - SP (Posto)- R$ 6,76 Kg (↑0,30%)

• Trigo: 01/12/23 - PR - R$ 1.315,36 T (↓0,06%)

Fonte: CEPEA-Esalq/USP

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