The Farm News Edição 036

The Farm News - Blue Farm - 028/23 - Ano 02 -Edição 036

The Farm News - Blue Farm - 028/23 - Ano 02 -Edição 036

💬 Frase Destaque
Pressão é bom, tensão é ruim!!
Pressão molda e desenvolve o homem.
Tensão leva a falta de respeito e baixa qualidade de vida

Os cinco fatos do agro para acompanhar em dezembro:

1 - A situação do clima no Brasil e as diferentes realidades regionais. No Sul (destaque para RS) o alto volume de chuvas segue afetando as atividades. No Centro-Oeste, vemos a seca em algumas regiões e até queimadas e outras. O clima quente também tem afetado algumas lavouras no Sudeste, com destaque para a laranja e o café. Vamos observar estes abalos e as previsões futuras.

2 - O plantio (e replantio) da safra brasileira de grãos e o progresso das lavouras neste que é um dos meses mais importantes para o resultado dos cultivos. Em vista do item anterior, a questão climática, alguns campos seguem em condições abaixo da média e muitos produtores já tiveram que repetir o plantio, em alguns casos até mais do que uma vez. Tudo isso já tem impactado as decisões de plantio da safrinha, na questão da janela ideal, dos custos e considerando os preços aplicados pelo mercado.

3 - Válido dedicar um tópico a olhar as movimentações na Argentina com a eleição de Javier Milei na presidência. Ainda está incerta a questão de relações comerciais e permanência do país no Mercosul; há a tendência de redução nas “retenciones” para exportações; e ainda vale considerar as relações comerciais com o Brasil, especialmente no agro. Como grande player da agricultura, especialmente nos grãos, as decisões do novo governo podem impactar diretamente o mercado com a provável diminuição das “retenciones” (impostos de exportação).

4 -Cotação do dólar. Apesar do Boletim Focus estimar a moeda americana valendo R$ 5,00 ao final do ano, nos últimos dias, a valorização do real chamou atenção. Em 19 de novembro, foi a R$ 4,84. Aspecto decisivo na questão da comercialização da safra distribuída neste momento pelo país (venda), e também aos agricultores que ainda estão adquirindo insumos para a safrinha (compra).

5 - Por fim, vale acompanhar o desempenho exportador do agro brasileiro neste último mês do ano. Com as questões todas de logística, espera em portos e ainda feriados, a tendência é de dificuldades nas movimentações. Vale lembrar que as receitas de boa parte das categorias caíram em outubro.

Confira analise completa - Analises e Conjunturas Dr.Agro

Nesta quarta feira (13) ocorreu no Rio de Janeiro o 4º Ciclo da Oferta Permanente, leilão de concessão de áreas para exploração de petróleo e gás natural. A sessão pública de apresentação de propostas foi realizada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), com isso O governo federal arrecadou R$ 421,7 milhões 💰.

Das mais de 600 áreas em oferta, foram arrematadas 192, sendo 143 blocos exploratórios em terra e 48 no mar (pós-sal), além de uma área de acumulação marginal em terra (campo inativo). O leilão registrou ágio médio de 180% acima dos lances mínimos, que superou 400% em alguns setores.

  •  Pelotas, no litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

  • Potiguar, no Rio Grande do Norte;

  • Santos, que se estende do litoral de Santa Catarina ao Rio de Janeiro;

  • Paraná, que abrange Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;

  • Espírito Santo, no Espírito Santo;

  • Tucano, na Bahia;

  • Amazonas, no Amazonas e Pará;

  • Recôncavo, na Bahia;

  • Sergipe-Alagoas, nos estados de Sergipe e Alagoas.

 O grande destaque do leilão foi a Bacia de Pelotas, que reúne blocos exploratórios marítimos no Sul do Brasil. Só na região foram arrematados 44 blocos em 6 setores, somando R$ 298 milhões em outorgas –o equivalente a 70% do total arrecadado no ciclo.

Dos 33 setores com blocos exploratórios em oferta, 10 não tiveram áreas arrematadas. Os maiores ágios foram nas áreas marítimas nas bacias de Pelotas e Santos, e nas bacias terrestres do Amazonas e do Recôncavo.

A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgou recentemente os dados das exportações do agronegócio em novembro, que somaram USD 13,3 bilhões, valor 0,7% maior em comparação ao mês anterior e 9,7% superior a nov/22. Com isso, no acumulado do ano, o total foi de USD 151,8 bilhões, 2,8% maior em comparação com o mesmo período de 2022.

Fizemos um resumo abaixo do comparativo divulgado, clique e leia os dados na integra.

  • Soja: o volume exportado de grãos em novembro teve um aumento de 106% frente ao mesmo mês de 2022 e o maior valor já registrado historicamente para o mês de novembro. Porém, o óleo de soja registrou 126 mil toneladas em vendas externas, volume 38% menor contra nov/22. Em relação aos preços, óleo e grão apresentaram decréscimo de 29% e 14% respectivamente.

  • Carne bovina in natura: Foram registradas 188 mil toneladas exportadas em nov/23, volume 126% maior que o embarcado no mesmo mês de 2022. Houve queda 12% na tonelada cotada para o produto in natura, levando em conta os preços médios do décimo primeiro mês de 2023 versus nov/22.

  • Carne de Frango in natura: Houve aumento de 7% no volume exportado e diminuição de 14% em relação ao preço.

  • Carne Suína in natura: Aumento de 7% no volume exportado e recuo no preço em 11%.

  • Milho: Volume exportado em novembro foi 26% maior e no total 7,4 milhões de toneladas embarcadas do produto, o maior valor já registrado para o mês de novembro frente ao embarcado no mesmo período no ano passado.

  • Açucar: Açúcar refinado aumentou em 48% e, para o produto bruto, o aumento foi de 5% entre nov/22 e nov/23, já os preços médios em dólares foram maiores em 24% para o açúcar bruto e 18% para o açúcar refinado.

  • Algodão: O total embarcado foi 5% menor em comparação com nov/22 e os preços em dólares foram 2% menores.

    🗂️Clique Aqui para ler o Relatório na Integra

Cenário Econômico - Visão Agro Safra 2023/24
Ciclos de alta de juros estão chegando ao fim e BCB se prepara para primeiro corte em agosto

A economia global oscila em ondas. Há cerca de um ano, comentávamos, nesse mesmo espaço, sobre a virada da maré global que estava em curso, com bancos centrais ao redor do mundo reagindo à alta generalizada de preços – um surto inflacionário que começou quase junto com a pandemia, mas se estendeu bem além da emergência de saúde pública, agravado por fatores como a guerra na Ucrânia e estímulos econômicos em excesso.

Um ano depois, nos aproximamos de uma nova inflexão da política monetária global. E o Brasil, como em julho passado, se encontra na crista da onda. Nosso banco central esteve entre os primeiros a adotar postura mais dura, elevando a taxa Selic. Em agosto de 2022, enquanto os juros ainda estavam em ascensão em outras partes do mundo, o BCB fazia a sua última alta. Em agosto de 2023, estaremos entre os primeiros a iniciar um ciclo de cortes.

Outros mercados emergentes devem seguir em breve (como fizeram no movimento de alta). No entanto, mercados desenvolvidos entraram atrasados nesse ciclo, e sairão também um pouco mais tarde. Especificamente na economia norte-americana, cuja dinâmica afeta todo o resto, o final do processo de aperto parece estar se aproximando, mas cortes de juros são assunto apenas para 2024. O consenso atual parece ser de que o Fed conseguirá fazer um “pouso suave”, isto é, que terá sucesso em resfriar a economia na dose correta para conter a inflação, sem causar uma recessão.

Muita coisa depende disso. O fortalecimento do real e de seus pares ao longo desse ano, por exemplo, tem sido possibilitado pela combinação entre um humor global benigno e os altos diferenciais de juros (quanto maior a distância entre taxas dentro e fora de um país, maior a atratividade de se carregar posições em moeda local). Se desviarmos do pouso suave porque os EUA caminham para uma recessão, acaba o bom humor. Na ponta oposta, se a economia americana continuar quente demais, demandando uma dose ainda maior do que se espera de juros, compromete-se o carrego — e cria-se o risco de que a dosagem mais forte leve a uma contração intensa da economia americana mais à frente. Em ambos os casos, o dólar se fortaleceria.

Ao longo dos próximos meses, o mercado internacional deve seguir tentando identificar pistas sobre em qual desses cenários nos encontramos. Dados de inflação e atividade econômica e mercado de trabalho nas economias desenvolvidas, em especial nos EUA, permanecerão no centro das atenções. E a volatilidade em função dessas divulgações estará presente, principalmente quando surgir a impressão de que estamos nos afastando da linha tênue na qual o ajuste ocorre sem grandes turbulências.

Outro dos pesos-pesados globais, a China, passa por um ciclo apartado dos demais. A inflação requer menos atenção por lá. Após um curto boom de reabertura, o que preocupa o governo local é a desaceleração em curso. Entendemos que o governo chinês será capaz, como em outras ocasiões, de suavizar esse movimento. No entanto, enxergamos dificuldades estruturais, em especial no mercado imobiliário, que devem manter o crescimento dessa economia abaixo do desejado. Dessa forma, pelo ponto de vista da demanda, o quadro global não deve contribuir para alta de preços de commodities.

Voltando ao Brasil, o corte de juros é iminente, mas não deve ocorrer em ritmo acelerado. O banco central iniciará o movimento de flexibilização em um contexto em que inflação e expectativas recuam a partir de patamares elevados, a atividade econômica se mantém relativamente resiliente e o mercado de trabalho está aquecido. Tais fatores, combinados à incerteza remanescente no campo fiscal, devem inspirar cautela na condução do afrouxamento monetário, tanto em termos de velocidade quanto de magnitude da redução dos juros. Esperamos que a taxa Selic encerre 2023 em 12,00% a.a. Para o fim de 2024, nossa projeção é 9,50%. A despeito dos juros ainda restritivos, o PIB brasileiro deve crescer 2,3% em 2023.

A redução da distância entre taxas de juros dentro e fora do país deve fazer com que nossa moeda perca alguma força. Enxergamos uma taxa de câmbio em 5,00 reais por dólar ao final desse ano, e 5,25 ao final de 2024 – com prováveis episódios de volatilidade no meio do caminho.

Acesse Relatório Visão Agro - Destaques e Perspectivas para o Setor 2023/24 (ITAU - BBA)

💰 Ibovespa | 129.465,08 (↓0,40%)

 💵 Dólar Comercial | R$ 4,918 (↓0,97%)

 💶 Euro | R$ 5,354 (↓0,08%)

 📈 Selic Dezembro 2023: 0,36468%

 📊 IPCA Novembro 2023: 0,28%

AINDA SOBRE A ECONOMIA…

💣 Teve alta nos alimentos: Em novembro inflação subiu para 28%

  • Açúcar: 13/12/23 - R$ 154,11 | sc (↓0,57%)

  • Algodão: 13/12/23 - R$ 387,55 | lp (↑0,33%)

  • Arroz: 13/12/23 - R$ 130,48 | sc (↑8,63%)

  • Bezerro: 13/12/23 - R$ 2.136,37 | cab (↑3,44%)

  • Boi Gordo: 13/12/23 - R$ 248,65 | @ (↑3,73%)

  • Café Arábica: 13/12/23 - R$ 988,32 sc (↑4,61%)

  • Frango Cong: 13/12/23 - R$ R$ 7,45 (↓0,13%)

  • Leite/Brasil: 10/23 - R$ 1,9675 | litro

  • Milho: 13/12/23 - R$ 68,13 | sc. (↑8,59%)

  • Ovos/Branco: 13/12/23 MG - R$ 154,99 (—)

  • Ovos/Vermelho: 13/12/23 MG - R$ 173,26 (—)

  • Soja: 13/12/23 - Paranaguá R$ 148,45 | sc (↑1,86%)

    13/12/23 - Paraná R$ 141,66 | (↑1,63%)

  • Suíno/Kg: 13/12/23 - MG (Posto) - R$ 7,26 Kg (↑4,31%)

    13/12/23 - SP (Posto)- R$ 6,98 Kg (↑3,56%)

  • Trigo: 13/12/23 - PR - R$ 1.274,94 T (↓3,13%)

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