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Mercado de feijão apresenta valorização, e desafios na produção

The Farm News Edição 070

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⚠️Mercado de feijão apresenta valorização, mas desafios na produção preocupam produtores

O mercado de feijão tem experimentado uma apreciação gradual, mesmo diante de uma demanda moderada. Segundo o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), os lotes de feijão-carioca de qualidade 9 ou superior mantêm-se na faixa de trezentos e setenta a trezentos e oitenta reais. No cenário pré-carnaval, as transações de feijão nota 8 e 8,5 em Goiás e Minas atingiram aproximadamente trezentos e vinte e cinco reais.

Mesmo com uma ausência de movimentação intensa por parte dos compradores, as poucas negociações têm contribuído para uma valorização nos lotes de feijão armazenados. Não se observa feijão-carioca nota 9 ou superior com valores superiores a R$ 370/380. Assim, as transações de feijão nota 8 e 8,5 em Goiás e Minas antes do feriado de carnaval situaram-se em torno de R$ 325, conforme análise de especialistas.

Após o carnaval, há expectativa de um aumento na presença de compradores. No que diz respeito ao feijão-preto, as negociações enfrentam limitações, oscilando entre trezentos e noventa a quatrocentos e cinco reais FOB no Sul do Paraná e aproximadamente trezentos e oitenta reais junto aos produtores. A disseminação da mosca branca em Minas Gerais e Goiás surge como uma fonte crescente de preocupação, levando ao abandono de diversas lavouras e impactando negativamente a produção agrícola nessas regiões, concluindo uma preocupante realidade para os produtores do setor.

Em relação ao feijão-preto, as negociações permanecem escassas, com valores em torno de R$ 390/405 FOB na cerealista no Sul do Paraná e cerca de R$ 380 junto aos produtores.  

✔️ Quinoa, vem conquistando espaço no mercado do Brasil e chegando ao mercado externo

Com um toque tropical, a quinoa, uma semente comestível nativa da Bolívia e do Peru, tem se mostrado alternativa de diversificação de cultivos no Cerrado brasileiro, no Nordeste e até no Sul do país. Apesar de importar mais de 90% das cerca de 1,5 mil toneladas que consome por ano, hoje o Brasil produz e até exporta algumas toneladas do grão.

A quinoa, também chamada de “grão de ouro dos Andes", chegou ao Brasil na década de 1980 por meio de pesquisadores da Embrapa Cerrados, que trouxeram mudas do Peru e da Bolívia. Após anos de estudos e cruzamentos genéticos, nasceu a BRS Piabiru, nome científico da muda com DNA brasileiro. Foram necessários experimentos com diversos produtores. Alguns desistiram e outros enxergaram uma oportunidade de ter lucro com estabilidade.

"A quinoa não oscila como a soja e é o alimento mais completo do mundo", diz o gerente-geral da Fazenda Jaborandi, Antonio Barreto.

A saca de 25 quilos de quinoa pode custar R$ 300, enquanto o preço da saca de 60 quilos de soja está hoje entre R$ 110 e R$ 130, a depender da região do Brasil, compara Barreto. Ele comanda a propriedade, que fica na cidade do mesmo nome, no oeste baiano, e é responsável pela maior fatia de produção do país. Em 2023, colheu 950 toneladas de quinoa, o equivalente a 63,4% das 1,5 mil toneladas consumidas no país, segundo estimativas de Barreto.

📌 Opção ao milho safrinha

Em 2023, o Brasil plantou uma área de cerca de mil hectares, nas quais o rendimento médio de duas toneladas por hectare, segundo estimativa da Embrapa. Se irrigada, a planta pode produzir até 8 toneladas por hectare, e ser opção de segunda safra no lugar do milho.

O Brasil tem capacidade para automatizar a colheita e escalá-la para exportar, enquanto nos líderes andinos, ela é feita manualmente, lembra Barreto. O principal desafio no país, no entanto, é a venda de quinoa devido à falta de “popularidade”. Além de vender no mercado doméstico, o grupo inglês exportou 196 toneladas para os Estados Unidos, outras 96 à Espanha e 26 para a Colômbia, que é vizinha do Peru, um dos maiores produtores da semente no mundo.

Na América do Sul, além dos líderes de produção, Argentina e Brasil aparecem como produtores comerciais, ainda que com fatias minúsculas de mercado, segundo a consultoria americana Mordor Intelligence. De acordo com o estudo, há mais de 3 mil variedades no mundo, e apenas algumas comercializadas até agora.

🇪🇬 🇧🇷 Egito libera “pre-listing” ao Brasil que facilita exportação de carnes 🥩

O Ministério da Agricultura do Brasil anunciou nesta quarta-feira que obteve o Protocolo de Equivalência dos Sistemas de Inspeção de Carnes com o Egito, também conhecido como “pre-listing”, o que pode facilitar as exportações brasileiras de carnes para o país africano, disse a pasta em nota na quarta-feira (14).

O Egito é um importante mercado para as carnes do Brasil, é o maior importador de carne de aves e o sexto principal comprador de carne bovina brasileira. No ano passado, o Brasil exportou 130 mil toneladas de carnes para o Egito, com uma receita de US$ 384 milhões.

O “pre-listing” reflete o alto grau de confiança no controle sanitário brasileiro, especialmente no Serviço de Inspeção Federal (SIF), cuja excelência é reconhecida por mais de 150 países importadores. O Egito demonstra a força e o potencial de crescimento das relações comerciais estabelecidas, disse o Ministério da Agricultura.

Antes do acordo, a renovação da habilitação de estabelecimentos brasileiros para exportação, bem como a aprovação de novas unidades de processamento, exigia auditorias presenciais por parte das autoridades egípcias.

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A CNH Industrial registra um lucro líquido de US$ 617 milhões em 2023

A CNH Industrial, dona das marca Case e New Holland, entre outras, registrou um lucro líquido de US$ 617 milhões no quarto trimestre de 2023. O resultado foi 4% maior que o do mesmo período do ano anterior. A receita da empresa, em contrapartida, caiu 2%, para US$ 6,79 bilhões.

No ano todo de 2023, o lucro líquido da fabricante de máquinas agrícolas cresceu 17%, para US$ 2,4 bilhões. Já receita anual cresceu 5% e chegou a US$ 24,7 bilhões. A receita líquida do segmento agrícola da companhia subiu 1%, para US$ 18,15 bilhões, e a da divisão de produtos para construção cresceu 10%, para US$ 3,9 bilhões.

A companhia informou que projeta queda de vendas na área agrícola entre 10% e 15% e de cerca de 10% no segmento de construção. Para compensar esse possível declínio, a CNH disse que dará continuidade a seu programa de corte de custos.

No anúncio dos resultados, a CNH informou ainda que seu Conselho de Administração aprovou um programa adicional de recompra de ações de US$ 500 milhões. O programa vai começar assim que chegar ao fim o programa atual, em que a empresa vai recomprar o equivalente a US$ 1 bilhão em ações.

🥛 Crise do leite: 2024 ainda será desafiador para o setor, mas diversificação pode ser a solução

A crise no setor leiteiro brasileiro já dura mais de um ano e, segundo especialistas da Embrapa, 2024 ainda será um ano desafiador para os produtores e a indústria. Apesar das medidas anunciadas pelo governo, como a suspensão de importações do Mercosul e o incentivo à venda de leite in natura, a remuneração do produto ainda está abaixo dos custos de produção.

Desafios do setor:

  • Remuneração abaixo dos custos de produção;

  • Dificuldades na comercialização;

  • Concorrência com produtos importados;

  • Aumento dos custos de produção.

Medidas do governo para socorrer a produção de leite no Brasil:

  • Suspensão de importações do Mercosul;

  • R$ 700 milhões para capital de giro em cooperativas;

  • Decreto que visa estimular a venda de leite in natura.

Limitações das medidas:

  • Grande parte das importações é realizada por traders, indústrias de chocolates e varejistas;

  • Decreto pode ter efeito limitado.

Diversificação como solução:

  • Produtores: produção de leite artesanal, queijos especiais, etc.;

  • Indústria: ampliar o portfólio com produtos mais saudáveis, funcionais e sustentáveis.

A diversificação da produção e da indústria é apontada como a principal solução para superar a crise no setor leiteiro. Essa estratégia pode ajudar os produtores a obterem maior retorno financeiro e a indústria a se conectar com novos nichos de mercado.

Fonte: CBN

Fonte: Canal Rural

📍 Boletim do tempo contendo informações sobre previsão, temperatura mínima e máxima prevista, além de destaques relevantes dos últimos dias.

🗓️Previsão para Quinta-Feira: 15/02/24

💰 Ibovespa | 127.018,29 pontos (↓0,79%)

💵 Dólar Comercial | R$ 4,972 (↑0,22%)

💶 Euro | R$ 5,334 (↓0,29%)

📈 Selic Fevereiro 2024: 0,25201%

📊 IPCA Janeiro 2024: 0,42%

📊 IPCA Acumulado 2024: 0,42%

➡️ Período Referência: 14/02/2024

  • Açúcar: R$ 145,61 | sc (↓0,31%)

  • Algodão: R$ 400,54 | lp (↑0,45%)

  • Arroz: R$ 117,07 | sc (↓3,83%)

  • Bezerro: R$ 2.015,56 | cab (↓2,50%)

  • Boi Gordo: R$ 237,80 | @ (↓2,94%)

  • Café Arábica: R$ 1.003,67 sc (↓1,42%)

  • Frango Cong: R$ R$ 7,40 (↑1,37%)

  • Leite/Brasil: 12/23 R$ 2,0335 | litro

  • Milho: R$ 62,13 | sc. (↓0,34%)

  • Ovos:

    Branco: MG - R$ 177,71 (↑0,03%)

    Vermelho: MG - R$ 206,32 (↑0,40%)

  • Soja:

    Paranaguá - R$ 117,74 | sc (↑0,61%)

    Paraná - R$ 112,52 | (↑1,39%)

  • Suíno:

    MG (Posto) - R$ 6,96 Kg (↑11,00%)

    SP (Posto)- R$ 6,77 Kg (↑10,44%)

  • Trigo: PR - R$ 1.256,30 T (↑0,88%)

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Numerário Edições The Farm News

Ano 03

Edição Geral: 070

Edição Ano Corrente: 032/24

Autor: Blue Farm

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